Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo apresenta Chão, mostra coletiva com obras de Dadá do Barro (DF), Ludmilla Alves (DF) e Rubiane Maia (ES). A exposição, a terceira dentro do projeto Temporada de Exposições – Contraêxodo: Estratégias de Inserções, apresenta a produção de artistas visuais brasileiras que partem da relação estabelecida com a terra, a percepção e a transformação da matéria orgânica e da noção de território. A mostra tem curadoria da equipe do Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo compartilhada com a curadora convidada Gisele Lima. No dia da abertura, acontece a palestra “Romper à Margem”, com os artistas e curadores que participam da mostra. Com entrada gratuita e livre para todos os públicos, a mostra fica aberta para visitação até 9 de maio, de quinta a sábado, das 17h às 21h, mediante agendamento pelo e-mail pevermelho@pevermelho.art. O projeto é realizado com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). O Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo fica na Avenida 13 de maio, Quadra 57, Lote 6 – Setor Tradicional, Planaltina – DF. No Instagram e no Facebook @pervermelhoec.
Curadora do Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo, Luciana Paiva ressalta que o projeto “Temporada de Exposições – Contraêxodo: Estratégias de Inserções” propõe um outro movimento ao constante deslocamento de artistas, público e obras para os centros hegemônicos da arte. “Ao trazer artistas de outros estados que estão em etapas diferentes de consolidação de suas carreiras para a periferia do Distrito Federal”, diz a curadora. “Rubiane Maia é a artista convidada desta terceira mostra e estará presente na palestra “Romper à Margem” que acontece na abertura. Dadá do Barro e Ludmilla Alves são as artistas locais, selecionadas a partir de pesquisa e análise de portfólios pela equipe do Pé Vermelho junto a Gisele Lima. A variedade de corpos, origens, temas e linguagens artísticas é um dos norteadores para as seleções de artistas e suas obras”, completa a curadora.
Dadá do Barro apresenta um conjunto inusitado de peças em cerâmica, onde a forma de frutas, vasos, animais e casas se fundem e complementam. Nascida no Maranhão, Dadá está à frente do Instituto Maria do Barro desde 2006, legado da artista militante social que a acolheu desde sua chegada no Distrito Federal na década de 90. Ludmilla Alves apresenta pinturas e instalações que partem da pesquisa com elementos presentes no bioma do Cerrado, como a coleta de pigmentos e de cascas de árvores. A transformação de parte destes materiais ao longo do período de exposição, evidenciando a passagem do tempo, faz parte de seu interesse de pesquisa. Já Rubiane Maia, que esteve presente na 35ª Bienal de São Paulo em 2023, utiliza a terra vermelha do cerrado para propor um desdobramento de suas experiências realizadas na fronteira entre Minas Gerais e o Espírito Santo, onde nasceu. Hoje a artista mora no Reino Unido e desenvolve uma pesquisa transdisciplinar que abarca a performance, a instalação, a fotografia e o desenho.