AVXLab | CCBB São Paulo

Para apresentar novas pesquisas de linguagem e discutir perspectivas do chamado audiovisual expandido, o Centro Cultural de São Paulo recebe a primeira Mostra do AVXLab , com entrada gratuita. A programação apresenta obras instalativas e performáticas inéditas de cinco artistas residentes e de convidados. A Mostra AVXLab tem patrocínio da Spcine e busca explorar novas fronteiras da construção narrativa, das experiências imersivas, e do diálogo da arte com a linguagem audiovisual contemporânea, que extrapola os limites do cinema e da televisão.
As obras deste universo mais experimental se valem de inovações técnicas e de linguagens para vídeo mapping, videoarte, live cinema, realidade virtual, ambientes interativos, além de manifestações que dialogam com a dança, a performance, o teatro, música e também com o espaço urbano. A própria arquitetura do Centro Cultural fará parte dessa experiência audiovisual.
O AVXLab é um laboratório de ideias, de metodologias e de experimentação de linguagens expandidas do audiovisual brasileiro, uma iniciativa que nasceu de integrantes do ALTav (Rede Audiovisual Expandido) para atuar na produção de projetos voltados à experimentação e a geração de conhecimento, que valorizam não apenas as apresentações finais mas colocam o processo e a pesquisa de criação como parte fundamental de uma obra. “O audiovisual hoje funciona em redes, infinitas telas conversam com máquinas e a gente está explorando estas outras possibilidades. Buscamos nessa Mostra discutir, a partir da experiência prática, não só a forma, mas também a lógica do uso do audiovisual contemporâneo”, comenta Demétrio Portugal, co-curador e diretor executivo da Mostra AVXLab.
Dentre os artistas que participam da Mostra estão Letícia Ramos, que vem de uma série de exposições e residências e também estará com exposição individual aberta na galeria Mendes Wood em São Paulo; a dupla Mirella Brandi X Muep Etmo desenvolve um projeto audiovisual que tem a luz como linguagem autônoma;  o artista digital, músico e curador mineiro Henrique Roscoe, que explora, junto com Caio Fazolin, caminhos da arte generativa e música visual, investigando as relações entre som, imagem e narrativas simbólicas.
Para Lucas Bambozzi, co-curador e diretor artístico do projeto, os artistas escolhidos para essa primeira experiência dialogam com uma gama de linguagens.  “Dentre as várias possibilidade de se enxergar obras envolvendo espaços informacionais estamos colocando foco em três vertentes: uma ligada a ambientes sensoriais, o que seria um tipo de cinema sem imagens, uma outra associada a algoritmos e banco de dados, e outra ligada a uma influência mútua entre cinema e artes visuais”. As escolhas dos curadores tanto para os nomes dos artistas, como para os temas do seminário, refletem essas práticas. A Mostra é resultado de cinco anos de ações de fortalecimento do setor de audiovisual expandido junto ao Poder Público, conduzidas por integrantes do grupo ALTav.

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