Canabarro | Fundação Cultural BADESC

O Jardim da Fundação Cultural BADESC, em Florianópolis, recebe a partir do dia 23 de janeiro, a exposição “Destroços em Gaza”, do artista Canabarro, que é um dos precursores da cerâmica artística em Florianópolis e em Santa Catarina. No evento de abertura haverá uma intervenção sonora de Tambores e Flauta Nativa com os músicos Lucas Kinceler e Gustavo Tirelli. A entrada é gratuita.

Responsável pela formação de inúmeros artistas reconhecidos na arte da cerâmica, Canabarro, que foi indicado para Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), instituição na qual fez história, como titular da disciplina de cerâmica e atuou como professor de 1978 até 2018, conta com um longo currículo como ceramista, tendo exposições realizadas no Brasil e no exterior, como Uruguai e Japão.

Para a primeira exposição individual na Fundação Cultural BADESC, o artista apresenta uma produção inédita em cerâmica. São peças, em sua maioria confeccionadas em 2024, e outras em 2023. A curadoria é da artista Isabela Mendes Sielski, que foi aluna de Canabarro.

“Destroços em Gaza”

Canabarro explica que “Destroços em Gaza” não se trata de apenas opinar sobre o conflito na faixa de Gaza, mas entender a extrema complexidade histórica, narrativas políticas e ideológicas.

“A visão recortada destes fatos trouxe para a arte cerâmica, não apenas o sofrimento das populações afetadas, mas as ruínas e a destruição que se encontra toda esta região. Acima de tudo a desproporção da violência revelada por vários canais de comunicação”, compartilha o artista que ressalta que a cerâmica é essencialmente terra, água, ar e fogo.

A mostra é composta por 16 peças em pequenas dimensões, cujas referências partem do atual conflito na faixa de Gaza: prédios e moradias em ruínas, além de uma placa inteira e quatro placas fragmentadas e esgrafiadas com os escritos em seis línguas a palavra ‘Pare’, referência aos cinco continentes. Três das peças são esculturas que apresentam a estética da bricolagem, e a diferença da maioria delas, que não levam revestimento, são as cores oriundas do esmalte cerâmico. Além disso, cinco textos impressos em pequenos banners, que trazem de maneira mais legível os poemas esgrafiados nas placas cerâmicas, integram a exposição.

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