A exposição coletiva “Borrão” propõe-se como um espaço expandido de reflexão, onde linguagem e imagem se entrelaçam em obras que desafiam o literal e provocam novas leituras de mundo. Inspirada pela força transformadora da poesia concreta brasileira, a mostra reúne 61 artistas visuais do Brasil. A abertura será no dia 01 de novembro, no Memorial Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, e convida o público a explorar as fronteiras entre palavra, forma e espaço, estimulando uma vivência artística tão sensorial quanto conceitual.
Com uma curadoria assinada por Amanda Leite e Cota Azevedo, a exposição aposta na pluralidade de expressões, “Borrão” reúne obras em diferentes suportes — instalações, objetos, colagens, serigrafias, fotografias, videoarte e desenhos— criando um ambiente de constante transição, como os próprios signos em mutação que compõem a exposição. Letras escapam do papel e assumem corpo visual, instaurando uma nova lógica poética, onde o texto se dissolve e se reinventa. “Borrão nasce do desejo de pensar a arte como linguagem em transformação — um espaço onde a palavra ganha corpo, o gesto se torna discurso e o olhar se faz pensamento. É um território de encontro entre palavra e imagem, onde o erro, o ruído e o inacabado revelam sua potência criativa.” Cota Azevedo
Mais do que apresentar obras, a exposição estabelece um diálogo intercultural e interdisciplinar entre artistas e espectadores. A proposta é tornar a arte um campo fértil de participação e pensamento crítico, ao mesmo tempo em que valoriza a beleza do inacabado, do imperfeito, daquilo que se esconde entre o visível e o invisível. “Ao propor esta exposição nosso desejo foi o de aproximar linguagens e experimentações de modo a criar uma camada adicional de sentido às obras. Grafia vira tinta, palavra vira gesto, imagem vira forma numa mistura sem fim, que extravasa o limite das molduras, do espaço expográfico, da própria imaginação” afirma Amanda Leite.
A mostra “Borrão” celebra a arte como ato de resistência, de invenção e de sensibilidade. Um convite aberto para que o público — de todas as idades e vivências — possa vivenciar a linguagem de forma expandida, como território de experimentação e descoberta. Na fluidez dos traços e das imagens, a exposição se apresenta como um fluxo contínuo de sentidos: uma travessia poética onde o borrado é o início de algo novo. A entrada da exposição é gratuita e ficará em cartaz até 18 de janeiro de 2026.
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Agis Variani, Alessandra França, Alexandra Ribeiro, Alice Rheingantz, Aline Sampin, Alle Ramos, Amanda Alana, Amanda Leite, Ana Luiza Mello, Adriana Góes, André Kit Ramos, Ani Cuenca, Anissa Daliry, Bia Murad, Beth Machado, Brecio Brizzi, Bruna Herminio, Carla Fatio, Catarina Sofia, Chris Maria, Cirlete Knupp, Claudia Linhares, Claudia Mauad, Cristina Hamelman, Cota Azevedo, Daniel Franco, Davina Marques, Denise Braune, Dinho Fonseca, Dri Goes, Elaine Fontes, Eliane Gallo, Fil Vieira, Felipe Manhães, Gaby Alves, Gilda Nogueira, Gisele de Almeida Resende, Grazia Camerano, Ilda Fuchshuber, Ingrid Lecakr, Jairo Alt, Jeanne O. Santos, Jonatans Carvalho, Julia França D’Oliveira, Leonardo Barros, Luiza Fragoso, Luiza Vieira, Kris Palo, Marcia Fixel, Marcos Maciel, Maria Cecília Leão, Mariana Galli, Miguel Nader, Míriam Ramalho, Pedro Bah, Priscilla Ramos, Renata Carra, Renato Shamá, Sandra Regina, Silvio Moréia e Zanvettor.

