Antonio Asis | Simões de Assis

A Simões de Assis apresenta a primeira exposição individual do artista argentino cinético Antonio Asis no Brasil. A mostra ocupa o andar térreo da galeria em São Paulo e reúne um conjunto de importantes obras de seu espólio. Com curadoria de Matthieu Poirier – curador de exposições como “Suspension” no Palais d’Iéna e “Dynamo” no Grand Palais, “Partículas Mentais – Obras de 1960 a 2019” contempla décadas de produção do artista.

Para Poirier, o conjunto da obra de Asis é constituído por séries que contêm combinações matemáticas potencialmente infinitas, já que cada obra se distingue por sua estrutura, ou seu “código”, absolutamente únicos, e pelos seus micro-acidentes pictóricos (transbordamentos, empastamentos, marcas do ateliê e outras rebarbas) detectáveis a olho nu.

Nas palavras do curador: “na era da serigrafia e da reprodutibilidade mecânica, então adotada por Vasarely ou mesmo Warhol, Asis optou, portanto, pela ação manual, apenas com leve emprego de ferramentas, e, assim, antimoderna. Porém, a história agora lhe dá razão: as primeiras produções dessa gigantesca e sistemática palheta de cores, já desde 1958, foram pintadas em rigorosos matizes lisos, planos, em quadrados ou discos”.

O argentino exerceu incansavelmente sua prática no refúgio de seu ateliê parisiense e esta é uma oportunidade singular de ver um conjunto tão amplo de sua poética cinética pela primeira vez no Brasil.

Juntamente à Asis, no andar superior temos a exposição “Ainda a Abstração” que integra o programa da galeria trazendo um grupo de artistas que transitaram por diversas facetas do abstracionismo, como Hélio Oiticica, Abraham Palatnik, Gonçalo Ivo, André Azevedo, Marina Weffort e Emanoel Araujo.

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