Andre Arruda I Sesc Madureira

Sesc Madureira apresenta “Nação Bate-Bola”, exposição individual do artista visual Andre Arruda

Exposição inédita no Rio apresenta registros de mais de 10 anos do artista 

Bate-bola: O movimento urbano mais importante do Brasil contemporâneo. Esse é o tema central da exposição “Nação Bate-Bola” que será aberta no dia 23 de março. A mostra individual do artista visual Andre Arruda, com curadoria de Isabel Portella, será apresentada no Sesc Madureira.

A exposição que acontece em Madureira, um dos bairros mais expressivos da cultura carnavalesca da cidade, traz um olhar artístico e sócio-documental desse movimento cultural do carnaval, existente há quase 100 anos nas periferias do Rio de Janeiro.

O projeto, que foi selecionado através do edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, exibirá 17 fotografias coloridas em grande formato, resultado de um processo intenso e criativo do artista que, há mais de 10 anos, acompanha esse movimento.

Também no espaço expositivo do Sesc, o público poderá encontrar dois curta metragens documentais produzidos pelo artista com importantes integrantes da cultura Bate-bola e personalidades do Rio, além de fantasias, máscaras e bandeiras das “turmas” – como são chamados os grupos desse movimento. A exposição conta também com o texto da pesquisadora de Bate-bolas e mestre em artes, Aline Valadão.

“O meu trabalho é o de mostrar esse universo quase paralelo do Rio de Janeiro, que é a segunda maior economia do carnaval carioca. Bate-bola é paixão, resistência e tradição”, define o artista visual Andre Arruda.

A exposição permite que cariocas e visitantes da cidade, de todas as classes e idades, possam entrar em contato com a paixão e a beleza de um movimento artístico autoral e comunitário das Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro.

O carnaval de rua é uma das manifestações mais espontâneas entre os cariocas. O colorido das fantasias, os foliões cantando e dançando por toda a cidade marcam um período de liberdade de expressão que atravessa os séculos. Os registros apurados do Andre, em diferentes períodos e bairros, mostram a evolução dinâmica desse movimento popular”, explica a curadora Isabel Portella.

Entre as imagens que poderão ser conferidas na exposição estão turmas de “Pirulito”, “Bola e Bandeira”, “Sombrinha e Adereço”, entre outros estilos, registradas em bairros do Rio como Oswaldo Cruz, Vila Valqueire, Marechal Hermes, Deodoro, Campo Grande e Piedade.

No documentário “Jairinho Madruga”, Andre apresenta um personagem que é parte fundamental desse movimento, o artesão de máscaras de Clóvis (outra denominação para os Bate-bolas) que há mais de 10 anos produz e “glittera” (termo usado para colorir as peças) cerca de 400 máscaras por ano.

Em “Bate-Bola é Arte?”, o artista conversa com bate-boleiros, pesquisadores e entusiastas da atividade e sua relevância como movimento sócio-cultural. Anderson ‘’Buda’’, líder da turma Fascinação – de Oswaldo Cruz, Vanessa Amorim, líder da turma Bilhetes de Anchieta, formada apenas por mulheres, e o escritor Marcelo Moutinho são alguns dos entrevistados no documentário.

No dia 23 de março, domingo, a abertura da exposição contará com visita mediada com a presença do artista, a curadora Isabel Portella, a pesquisadora Aline Valadão e o artesão de máscaras Jairinho Madruga.

O projeto é uma coprodução da Fava Comunicação & Arte e belOlhar.

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