Alessandra França | Referência Galeria de Arte

No dia 23 de novembro, às 17h, na Referência Galeria de Arte., Alessandra França em sua primeira exposição individual, apresenta “A memória de uma pode ser a memória de muitas “, com curadoria de Ioana Mello. Partindo do registro fotográfico, a artista acessa memórias reais e imaginadas para construir fabulações a cerca daquilo que nos une como coletividade e que nos faz indivíduos únicos. Em exibição até o dia 11 de janeiro de 2025, a mostra pode ser visitada de segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 13h. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. A Referência Galeria de Arte fica na 202 Norte, Bloco B Loja 11, Subsolo, Asa Norte, Brasília DF. Telefone (61) 3963-3501 e Wpp (55 61) 98162-3111. No Instagram @referenciagaleria.

Tendo a fotografia como pano de fundo para a construção de narrativas e fabulações, a produção de Alessandra França atualmente parte de uma série de histórias, memórias vividas e imaginadas, criando um espaço de intersecção entre realidade e fantasia.   As fotografias autoriais recebem intervenções com bordados, colagens e materiais reutilizáveis.  Em seu texto sobre a produção de Alessandra França, a curadora Ioana Mello ressalta que: “A formação, a transmissão e o compartilhamento das memórias individuais e coletivas são fundamentais para a compreensão das nossas narrativas presentes. Como cada memória vivida nos afeta e nos faz ser quem somos hoje? Como ela nos conecta, aos outros e à nossa ancestralidade?”

A mostra apresenta duas séries. A primeira, – “Relicário das memórias que me contaram…” -, em que a artista coletou em sua fonte de pesquisas e a dividiu em quatro capítulos. “Experiências imaginadas”, “Pequenas histórias que me contei”, “Minhas saudades passam pelos rios…” e o “Mundo em mim”.

Sobre a segunda série, “Des-nu-dar”, a artista afirma tratar-e de contar a sua própria história. A narrativa dos trabalhos mistura uma “costura” dessas histórias, criam novos significados, reinterpretam o passado ou a reutilização das memórias. “Neles, me utilizo da assemblage, uma técnica que permite criar obras únicas e complexas, combinando objetos e materiais diversificados que vou coletando, colecionando e sendo presenteada com as fotografias antigas, objetos, livros, papéis… Assemblage cria uma camada extra de profundidade e significado”, ressalta a artista. “A escolha dos objetos ecoa com a história, faço experimentações e ajusto a composição.

A curadora ressalta também que à moda de um ritual ancestral, “Alessandra França se une à teia tecida há tempos, desde o mito grego de Penélope”. E completa: “Ela faz reverência às gerações de mulheres e acolhe sentimentos e desejos.  Todas essas memórias, contadas e vividas pela artista, e por nós, são o encantamento dos pequenos eventos do cotidiano, mostrando o quanto também somos sujeitos da História”.

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