A queda do céu | CAIXA Cultural Brasília

A CAIXA Cultural Brasília recebe a mostra coletiva “A queda do céu”, com obras de 21 artistas e ativistas que abordam questões enfrentadas pelas comunidades indígenas e que afetam a sociedade como um todo. Com curadoria de Moacir dos Anjos, a exposição traz a Brasília trabalhos de Ailton Krenak, Anna Bella Geiger, Armando Queiroz, Bené Fonteles, Cildo Meireles, Claudia Andujar, Fabio Tremonte, Fred Jordão, Harun Farocki, Jaime Lauriano, Jimmie Durham, Leonilson, Lourival Cuquinha, Maria Thereza Alves, Matheus Rocha Pitta, Miguel Rio Branco, Paulo Nazareth, Paz Errázuriz, Poraco, Regina José Galindo e Vincent Carelli.  A mostra ocupará três salas expositivas da CAIXA Cultural Brasília, as Galerias Principal e Piccolas I e II, e ficará em cartaz de 8 de maio a 30 de junho, com visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 21h. A entrada é franca e a classificação indicativa é livre para todos os públicos.

A abertura da exposição será precedida por uma conversa com o curador Moacir dos Anjos e o ativista Ailton Krenak no Teatro da CAIXA, com entrada gratuita e classificação indicativa livre para todos os públicos. A mostra “A queda do céu” é uma realização de Bruna Neiva, da Tuîa Arte Produção, com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. A CAIXA Cultural Brasília fica na A CAIXA Cultural Brasília fica no Setor Bancário Sul (SCS) Quadra 4 Lotes 3/4.

“A queda do céu”, é um projeto concebido pelo curador Moacir do Anjos que reúne 50 obras, artistas e pensadores brasileiros e estrangeiros realizadas nos mais variados suportes e produzidas nos últimos anos. De intenso valor poético, elas evidenciam os processos de violência e de contínua despossessão sofridos pelas comunidades indígenas no Brasil. “O título da mostra é uma referência explícita ao livro do xamã yanomami Davi Kopenawa, escrito em parceria com o antropólogo francês Bruce Albert e publicado originalmente na França (La chute du ciel, 2010). No livro, Kopenawa apresenta a cosmogonia que rege as crenças de seu povo – fundada em intricada e instável relação entre humanos, floresta e espíritos – e narra as ameaças a estes fundamentos de vida que resultam das ações predadoras do “homem branco” ao longo de séculos.

A exposição, informa Moacir dos Anjos, não tem a pretensão de conter as inúmeras ações nocivas contra os povos indígenas do Brasil e da América nem ao meio ambiente afetado pela mineração, construção de barragens, o desmatamento, a introdução de doenças que dizimam populações inteiras.  “Ela quer aproximar e articular trabalhos artísticos que prenunciam, evidenciam e combatem a progressiva despossessão sofrida por populações indígenas iniciada em seu contato involuntário com o colonizador branco: aquele que lhes quis e ainda quer subtrair a sua condição de humanos, e que não suporta o convívio com a diferença”, completa.

 

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