38º Panorama da Arte Brasileira | MAM São Paulo

O Museu de Arte Moderna de São Paulo inaugura em 5 de outubro o 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus, exposição com curadoria de Germano Dushá e Thiago de Paula Souza, e curadoria-adjunta de Ariana Nuala, cujo  título evoca a ideia de um “calor-limite”, onde tudo se transforma, fazendo referência às condições climáticas e metafísicas intensas que desafiam e conduzem a processos inevitáveis de transmutação. Nesta edição, a mostra bienal do MAM apresenta 34 artistas de 16 estados brasileiros. Acesse aqui mais informações sobre a lista de artistas. 

Em função da reforma da marquise do Parque Ibirapuera no trecho em que o MAM está sediado, esta edição do Panorama será apresentada no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, instituição parceira e que divide uma mesma origem com o MAM. A exposição vai ocupar partes do térreo e o terceiro andar do MAC USP com mais de 130 obras, sendo 79 inéditas, realizadas para o 38º Panorama.

“Faz alguns anos que o MAM tem estabelecido parcerias com as instituições do eixo cultural do Parque Ibirapuera. Realizar o 38º Panorama da Arte Brasileira do MAM no MAC, além de uma aproximação histórica entre as duas instituições, é um momento de integração e soma de esforços em benefício da arte”, comentam Elizabeth Machado e Cauê Alves, respectivamente presidente e curador-chefe do MAM. 

Para José Lira, diretor do MAC USP, “é com enorme satisfação que o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo acolhe o 38º Panorama da Arte Contemporânea Brasileira, tradicionalmente realizado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo. Desde 2018, tem sido um traço fundamental da gestão do MAC USP estabelecer parcerias institucionais para realização de exposições e eventos culturais em geral”.

A proposta curatorial do 38º Panorama da Arte Brasileira é elaborar criticamente a realidade atual do Brasil sob a noção de calor-limite — conceito que alude à uma temperatura em que tudo derrete, desmancha e se transforma. O projeto busca traçar um horizonte multidimensional da produção artística contemporânea brasileira, estabelecendo pontos de contato e contraste entre diversas pesquisas e práticas que, em comum, compartilham uma alta intensidade energética.

A pesquisa da curadoria foi norteada a partir de cinco eixos temáticos: Ecologia geral, Territórios originários, Chumbo tropical, Corpo-aparelhagem, e Transes e travessias. Os eixos não funcionam como núcleo ou segmentos da exposição, mas sim como fios condutores que instigam reflexões e leituras, traçando possíveis relações entre os trabalhos a partir dessas perspectivas.

Em Ecologia geral, são destacadas noções ecológicas e práticas ambientais ampliadas que se orientam por uma visão de interconectividade total. Já em Territórios originários, estão narrativas e vivências de povos originários, quilombolas e outros modos de vida fora da matriz uniformizante do capital, capazes de refletir visões alternativas sobre a invenção e a atual conjuntura do Brasil. Chumbo tropical, por sua vez, trará leituras críticas que subvertem imaginários e representações do Brasil, colocando em xeque aspectos centrais da identidade nacional. 

Corpo-aparelhagem é a linha que busca evidenciar intervenções experimentais e reflexões sobre a contínua transmutação corpórea dos seres e das coisas, com seus hibridismos e suas inter-relações, enquanto Transes e travessias aborda conhecimentos transcendentais, práticas espirituais e experiências extáticas que canalizam os mistérios vitais.

Artistas 

Adriano Amaral (SP)                                        Marlene Almeida (PB)
Advânio Lessa (MG)                                        Melissa de Oliveira (RJ)
Ana Clara Tito (RJ)                                          Mestre Nado (PE)
Antonio Tarsis (BA)                                          MEXA (SP)
Davi Pontes (RJ)                                              Noara Quintana (SC)
Dona Romana (TO)                                          Paulo Nimer Pjota (SP)
Frederico Filippi (SP)                                        Paulo Pires (MT)
Gabriel Massan (RJ)                                         Rafael RG (SP)
Ivan Campos (AC)                                            Rebeca Carapiá (BA)
Jayme Fygura (BA)                                           Rop Cateh – Alma pintada em
Jonas Van & Juno B. (CE)                                Terra de Encantaria dos
José Adário dos Santos (BA)                           Akroá Gamella (em
Joseca Mokahesi Yanomami (RR)                   colaboração com Gê Viana
Labō (PA) & Rafaela Kennedy (AM)                  e Thiago Martins de Melo) (MA)
Laís Amaral (RJ)                                               Sallisa Rosa (GO)
Lucas Arruda (SP)                                            Solange Pessoa (MG)
Marcus Deusdedit (MG)                                   Tropa do Gurilouko (RJ)
Maria Lira Marques (MG)                                  Zahỳ Tentehar (MA)
Marina Woisky (SP)                                          Zimar (MA)

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