O júri de seleção do 66º Salão de Abril, em Fortaleza, formado pelas curadoras e pesquisadoras Flávia Corpas, Cecília Bedê e Adriana Botelho, contemplou o coletivo Filé de Peixe (Rio de Janeiro) com um de seus prêmiois. A obra apresentada, “Um e Três Coletivos”, é uma ação performática articulada para deflagar uma reflexão sobre as práticas e os mecanismos de definição crítico-teórica acerca dos coletivos de arte. Partindo da obra “Uma e Três Cadeiras” (1965), de Joseph Kosuth, o Filé de Peixe inverte o procedimento tautológico na Arte Conceitual, onde os trabalhos buscavam ser a expressão literal de suas próprias definições artísticas, para mencionar justamente o contrário: a impossibilidade de se estabelecer uma representação ou conceito que possam ser tomados como gerais na definição de uma prática artística coletiva.
Além do coletivo, foram premiados também os artistas Rodrigo Moreira (São Paulo) e Rafael Correia (Ceará). Cada um dos premiados recebe o total de R$ 18.000 reais.