Uma das mais importantes galerias de arte contemporânea brasileiras, A Gentil Carioca, acaba de completar 20 anos. Com forte presença e reconhecimento nacional e internacional, a galeria traduz o jeito carioca de ser. Para marcar a data, no último sábado, dia 9 de setembro, foi inaugurada a grande exposição coletiva “Forrobodó”, com curadoria de Ulisses Carrilho, que celebra o potencial político, poético, estético e erótico das ruas. A mostra ocupará os dois casarões dos anos 1920 onde funciona a sede carioca da galeria, com obras de 73 artistas, como Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, Antonio Dias, Antonio Manuel, Cildo Meireles, Hélio Oiticica, Lenora de Barros, Denilson Baniwa, entre outros, que, de diversas formas, possuem uma relação com a galeria.
Pioneira em vários aspectos, A Gentil Carioca fez história ao longo dos anos, sendo a primeira galeria brasileira fundada por artistas plásticos – Márcio Botner, Ernesto Neto e Laura Lima. Além disso, a galeria, que hoje também tem Elsa Ravazzolo Botner como sócia, está localizada fora do circuito tradicional de galerias, no Saara, maior centro de comércio popular da cidade. Com uma programação diferenciada e agregadora, há dois anos também possui um espaço em São Paulo.
Os 20 anos da galeria foram marcados pela inauguração da exposição “Forrobodó”, uma grande celebração, com performances de diversos artistas, como Vivian Caccuri, Novíssimo Edgar, Cabelo, Sabrina Fidalgo e Ronald Duarte, além da obra do artista Yhuri Cruz, na “Parede Gentil”, projeto no qual um artista é convidado a realizar uma obra especial na parede externa da galeria. Teve ainda o tradicional bolo de aniversário surpresa, criado pelos artistas Edimilson Nunes e Marcos Cardoso.
Com curadoria de Ulisses Carrilho, a exposição “Forrobodó” apresenta obras em diferentes técnicas, como pintura, fotografia, escultura, instalação, vídeo e videoinstalação, de 73 artistas, de diferentes gerações, entre obras icônicas e inéditas, produzidas desde 1967 – como o “B47 Bólide Caixa 22”, de Hélio Oiticica – até os dias atuais. “Cruzamos trabalhos de diversos artistas, a partir de consonâncias e ecos, buscando uma apresentação de maneira a ocupar os espaços da galeria em diferentes ritmos, densidades, atmosferas, cores e estratégias – como dramaturgias distintas de uma mesma obra”, conta o curador.
Os artistas que participam da exposição são: Adriana Varejão, Agrade Camíz, Aleta Valente, Alexandre Vogler, Ana Linnemann, Analu Cunha, Anitta Boa Vida, Anna Bella Geiger, Antonio Dias, Antonio Manuel, Arjan Martins, Arto Lindsay, Bob N., Botner e Pedro, Bruno Baptistelli, Cabelo, Carlos Vergara, Caroline Valansi, Cildo Meireles, Claudia Hersz, Deborah Engel, Denilson Baniwa, Dominique Gonzalez-Foerster, Edimilson Nunes, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto, Fabiano Gonper, Fagner França, Fernanda Gomes, Fudida Silk, Gabriela Gusmão, Guerreiro do Divino Amor, Guga Ferraz, Hélio Oiticica, Jarbas Lopes, João Modé, José Bento, Juliana Notari, Laura Lima, Lenora de Barros Livia Flores, Lourival Cuquinha, Luiz Zerbini, Marcela Cantuária, Marcos Cardoso, Marcos Chaves, Maria Laet, Maria Lynch, Maria Nepomuceno, Maxwell Alexandre, Neville D’Almeida e Hélio Oiticica, Novíssimo Edgar, O Bastardo, OPAVIVARÁ!, Paulo Bruscky, Paulo Nenflídio, Paulo Paes, Rafael Alonso, Raul Mourão, Renata Lucas, Ricardo Basbaum, Ricardo Càstro, Ricardo Siri, Rodrigo Torres, Ronald Duarte, Rosana Palazyan, Rose Afefé, Rubens Gerchman, Sallisa Rosa, Simone Michelin, Tadáskía, Victor Monteiro, Vinícius Gerheim, Vivian Caccuri, Yanaki Herrera e Yhuri Cruz.