POR CACÁ FONSECA
“Sob as cinzas, brasa” é o título e conceito proposto pelos curadores Claudinei Roberto da Silva, Vanessa Davidson, Cristiana Tejo e Cauê Alves.
A curadoria conduz uma seleção de obras com temas relevantes que refletem o cenário atual do pais, se comprometendo com a promoção de igualdade étnica, de genero e classe, trazendo importantes pontos de vistas e pesquisas que se relacionam.
Foram selecionados para essa edição um grupo diverso de artistas de varias regiões do Brasil, que pesquisam temas diferentes, mas que estabelecem diálogos. Eles discutem símbolos nacionais, ancestralidade, território e diversidade. Composta por 26 artistas, “Sob as cinzas, brasa” reafirma a importância do papel das instituições ao dar visibilidade a trabalhos que tratam de emergências sociais e pautas ambientais. A mostra sugere a reflexão sobre o legado moderno brasileiro. Alguns dos artistas escolhidos tem trabalhos que recontam e problematizam narrativas históricas. Os artistas são os fios condutores da exposição.
Para os curadores: “A experiencia com a arte pode retomar nossa capacidade de projetar o futuro, de imaginar utopias, ja que estamos no meio da catástrofe tentando apagar incêndios – e incendiando símbolos coloniais. Para algumas sociedades arcaicas, o futuro está justamente no passado, na relação com os ancestrais, ou seja, distante da visão vanguardista moderna de estar a frente do próprio tempo. Enquanto as brasas queimam sob as cinzas, diversos artistas recontam historias, propõem diálogos a partir de suas próprias vivencias, de suas origens, repertórios, da terra, do barro, da borracha, do desenho, de objetos cotidianos, da tinta, e da tela, do vídeo, de narrativas, de historias, da arte, de mapas, de bandeiras, de monumentos de corpos”.
37º Panorama da Arte Brasileira – sob as cinzas, brasa
De 23 de julho 2022 a 15 de janeiro de 2023
Museu de Arte Moderna de São Paulo
MAIS INFOS AQUI